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Arch Linux – Instalação e Pós-Instalação do Início ao Fim – Nova Mídia

Olá pessoal.
Não é de hoje que recebemos, lemos, escrevemos algumas reclamações tanto nas atualizações quebradas e agora com o novo processo de instalação do Arch Linux.
Quando eu li e vi o novo método, que jogou ainda mais a responsabilidade para o usuário, também pensei que iria dificultar mais ainda a vida dos novos usuários, e até alguns intermediários. Levando em conta ainda, que o ser humano não gosta de sair da sua “zona de conforto” e coloca muitas barreiras para mudanças, já imaginava que iriamos ter revoltas.
Minha opinião (já iniciando assim), creio que a nossa documentação (Inglês) não deixa a desejar, confesso que pecamos na demora da tradução para o nosso idioma, visto o alto número de entusiastas que deseja o prato feito e a falta de colaboração.
Apenas hoje fiz a instalação do zero do Arch via nova mídia, e não achei esse bicho que sete cabeças que tantos falam. Existe algumas modificações que, seguindo a documentação conseguimos instalar o sistema sem nenhum erro/raiva. A minha instalação foi feita no Netbook HP Mini 110-3150BR, meu utilitário e cobaia. Ainda irei fazer o mesmo no Notebook.

Após download, queimar a imagem (no meu caso passei para o pendrive) e dar o boot:

Configuração do Teclado

loadkeys br-abnt2

Configurando a Rede – Internet

No meu caso respondeu, então tudo ok! Próxima etapa

ping -c 3 www.google.com

Caso, tenha que configurar um ip estático, verifique o dispositivo

ifconfig -a

(Ex: enp0s1, systemd agora renomeia o nome das placas, caso não queira renomear ln -s /dev/null /etc/udev/rules.d/80-net-name-slot.rules)

ip link set enp0s1 up

ip addr add IP/MÁSCARA dev enpos1

Gateway – IP Fixo 

ip route add default via IP_GATEWAY

Configurando a Rede – DNS

nano /etc/resov.conf
search google.com.br
nameserver 8.8.8.8
nameserver 8.8.4.4

Particionando e preparando o disco

Particione de acordo a sua preferência. No meu caso vou utilizar:

cfdisk /dev/sda
raiz: /                            /dev/sda7
home: /home            /dev/sda8
swap:   swap               /dev/sda9

Formatar a partição raiz /

mkfs.ext4 /dev/sda7

Formatar a partição /home

mkfs.ext4 /dev/sda8

Preparando a partição swap

mkswap /dev/sda9 && swapon /dev/sda9

Montar a partição raiz em /mnt

mount /dev/sda7 /mnt

Montar a partição home

mkdir /mnt/home && mount /dev/sda8

Instalando o Sistema

pacstrap /mnt base base-devel

Criando o fstab: genfstab -U -p /mnt >> /mnt/etc/fstab

Pós-instalação – Sistema Chroot

A partir de agora iremos alterar o sistema instalado anteriormente:

arch-chroot /mnt

Configurar nome da máquina – hostname

echo nome_da_maquina > /etc/hostname

Configuração do Teclado

Antes estávamos no Live-CD, agora é permanente, no sistema instalado.

loadkeys br-abnt2

Configuração do idioma

nano /etc/locale.gen

Remova a # da frente das seguintes linhas:

pt_BR.UTF-8 UTF-8
pt_BR ISO-8859-1

Depois execute:

locale-gen

E defina o idioma padrão ao mesmo tempo criando o arquivo locale.conf

echo LANG=pt_BR.UTF-8 > /etc/locale.conf
export LANG=pt_BR.UTF-8

Configuração da Zona Região/Hora

ln -s /usr/share/zoneinfo/America/Sao_Paulo /etc/localtime

Configuração do Relógio em UTC

hwclock –systohc –utc

Caso prefira o Relógio localtime:

hwclock –systohc –localtime

Configuração Data/Relógio

hwclock –set –date=”YYYY-MM-DD hh:mm:ss”

Configuração de Rede no Sistema Instalado

O Arch Linux, também não utiliza mais o arquivo rc.conf para centralizar toda a configuração como antigamente. (Terei que atualizar minhas palestras, essa era uma vantagem tremenda em relação as outras distro, centralização da configuração de rede, hostname e serviço em um só local e um só arquivo) :/

Como a minha rede é cabeada e utilizo DHCP, habilitando o serviço:

systemctl enable dhcpcd@enp0s1.service

Durante o processo de instalação não configurei a rede Wireless somente após… instalei o WICD:

sudo pacman -S wicd

Configuração do Boot

Quase, estamos quase finalizando. Antes de instalar o bootloader, preparamos o ambiente de randisk inicial:

mkinitcpio -p linux

Instalamos o bootloader, Grub2 no meu caso:

pacman -S grub-install
grub-install /dev/sda

E antes de gerar o grub.cfg, instalamos o pacote os-prober para detectar outros sistemas instalados além do Linux:

pacman -S os-prober

Por fim, executamos o comando abaixo:

grub-mkconfig -o /boot/grub/grub.cfg

Alteramos a senha do root:

passwd

E finalizando, saindo do chroot:

exit

Desmontando os discos:

umount /mnt/{home,}

Reiniciando a máquina

reboot

Pós-instalação – Pacotes e configurações

Após o primeiro boot, verifique novamente a rede como apresentado anteriormente e vamos comer pacotes com o pacman 😉

Usuário

useradd -m -G audio,dbus,lp,network,optical,power,storage,users,video,wheel -s /bin/bash <nome-de-usuário>

passwd <nome-de-usuário>

Sudo

pacman -S sudo

visudo

Descomente a linha abaixo (remover o # do inicio)

seu_usuariol ALL=(ALL) ALL

Instalar Vídeo – Intel no meu caso

pacman -S xf86-video-intel

Instalando Gnome

pacman -S gdm gnome gnome-extra gnome-tweak-tool gnome-utils

Codecs

pacman -S gstreamer0.10 gstreamer0.10-plugins gstreamer0.10-base gstreamer0.10-good gstreamer0.10-python gstreamer0.10-ugly ffmpeg libdvdcs

Touchpad

pacman -S xf86-input-synaptics

Office

pacman -S libreoffice libreoffice-pt-BR

Utilitários – da sua preferência

pacman -S tar gzip bzip2 unzip unrar p7zip gparted filezilla xchat pidgin terminator vim geany vlc putty remmina skype firefox chromium flashplugin vlc openjdk7

Os pacotes e configurações é de acordo a necessidade de cada um. Coloquei somente alguns que seja uma base para uma estação de trabalho qualquer.

Cheguei a conclusão que a primeira instalação após essas mudanças pode causar um pequeno susto, mas depois de ler a documentação oficial não chega a ser assim assustadora. 

Mudança sempre virão, modernizar e contestar de forma construtiva é sempre um passo a evolução. Temos que nos adaptar e para isso existem comunidades que estão se ajudando,  me ajudando, ajudando você, à ele, nós todos.
Por isso chegamos ao nível que estamos hoje. Confesso, que para um usuário inexperiente possa ser trabalhoso instalar o Arch Linux atualmente, mas também será de muito estudo e aprendizado.

Não esqueçam de passar por aqui:

Arch Linux – Guia do Iniciante – Português

AFK

Arch Linux como estação de trabalho

Há, ainda, quem diga que Linux como estação de trabalho é improdutivo, incompatível e até impossível.
Bem, concordo que possa ser inviável para algumas funções em determinadas empresas. Mas, em se tratando de Software/Sistema, isso depende das suas necessidades/atividades.
Hoje, no trabalho tenho dual boot com os seguintes Sistemas Operacionais, Arch Linux e Windows 7. Utilizo como padrão o Arch Linux e vou descrever a partir de agora algumas ferramentas alternativas que são utilizadas no Windows (não irei abordar as ferramentas e suas funções em Servidores tanto em Linux e Windows). Vem comigo 😉

Partindo do pressuposto que o Arch Linux se encontra instalado e em pleno funcionamento vamos a algumas ferramentas essenciais para a minha função.

Acesso SSH – Servidores Linux

Putty – Creio que dispensa apresentação. Ferramenta indispensável para qualquer Administrador de Sistemas/Redes e suas vertentes.

sudo pacman -S putty

Cliente para acesso ao Email corporativo

Thunderbird – creio que também dispensa apresentação. Isso também é questão de perfil já que praticamente tudo é possível fazer através do browser.

sudo pacman -S thunderbird

Acesso remoto (RDP) – servidores Windows

Remmina – gostei bastante devido a quantidade de recursos e usabilidade. Não perde em nenhum requisito para o nativo da Microsoft, sem contar os outros tipos de conexões que possui VNC, SFTP e SSH.

sudo pacman -S remmina

IDE de desenvolvimento

Por aprendizado (sempre é bom aprender), e por me aventurar em programação (aliás, é essencial ter conhecimento de programação para nossa função, sem contar que em momentos fazemos as coisas ao nosso jeito, mas isso é assunto para outro artigo), aprendo e auxilio a equipe de desenvolvimento quando posso.

Geany – por atender as minhas necessidades, que por prioridade para mim é Agilidade e Praticidade escolhi o Geany mesmo pela sua “inferioridade” em alguns aspectos em relação ao seus colegas Eclipse e Netbeans.

sudo apt-get geany

Administração de Banco de dados

Navicat – Não o conhecia, então, fui apresentado ao Navicat e gostei bastante da ferramenta, possui bastante opções e funções. Além do mais possui versão para Linux.

Download - www.navicat.com

Programas do Windows (exe)

E como fazer rodar programas feitos para Windows que necessito utilizar? Tais como: Winbox, STG e outros mais.
Wine – o bom e velho Wine que vem amadurecendo a cada ano. Até o momento consegui utilizar todos os programas que não possui alternativa para Windows. Detalhe, a ferramenta anterior, Navicat, instala perfeitamente no Linux através do executável do Windows 🙂

sudo pacman -S wine

Domínio – Active Directory

Acesso as pastas de trabalho de Grupos e pessoal no Active Directory. Uma linha de comando ou se preferir coloca a seguinte linha no seu FSTAB e tudo resolvido.

//ip.servidor.ou.nome.do.servidor/nome.da.pasta /media/nome.da.pasta cifs domain=dominio,username=usuario,password=senha,user,dir_mode=0777,file_mode=0777 0 0

PS: Lembrando que as opções você define como desejar.

Compartilhamento Samba integrado com Active Directory

Pastas de desenvolvimento das aplicações da equipe de desenvolvimento que informei acima. Com uma linha de comando ou colocando essa linha no FSTAB.

//ip.servidor.ou.nome.do.servidor/nome.da.pasta /media/nome.da.pasta cifs uid=1000,gid=1000,domain=dominio,username=usuario,password=senha 0 0

PS: Lembrando que as opções você define como desejar.

Office – Pacote de Escritorio

LibreOffice – creio que posso falar que é a melhor alternativa ao pacote de Escritório da Microsoft.

sudo pacman -S libreoffice

As demais ferramentas que trabalho/utilizo são via Web ou são inerentes ao Linux, como monitoramento dos Links e Servidores, ERP, Nmap, Nessus, Wireshark e também o Backtrack Virtualizado que inicia quando a minha estação é ligada.

AFK

RHEL 6.1, Centos 6.1 – Configurações de Rede, nome das interfaces

Olá pessoal, em alguns sistemas os nomes das interfaces de rede mudaram.
A partir da versão 6.1 do RHEL e do CentOS 6.1  é em1, para interfaces Gigabit.

Sendo assim, eth0 = em1, eth1 = em2, e assim por diante.

Para Intel X520 10 Gb o nome das placas de redes são:

p3p1, p3p2, p4p1, p4p2 e assim por diante.

Para configurar a interface, edite seu arquivo de configuração:

ifcfg-em1 para a primeira interface de rede e ifcfg-p3p1 para a primeira interface X520 Intel.

O arquivo de configuração de dispositivos de rede está localizada em:

/etc/sysconfig/network-scripts/

Exemplo de configuração do arquivo ifcfg-em1:

vim  /etc/sysconfig/network-scripts/

DEVICE = "em1"
HWADDR = "xx:xx:xx:xx:xx:xx"
NM_CONTROOLED = "yes"
BOOTPROTO = "none"
ONBOOT = "yes"
IPADDR = "10.0.1.20"
NETMASK = "255.255.255.0"
USERCTL = "no"
GATEWAY =

Para configuração via DHCP:

HWADDR = "xx:xx:xx:xx:xx:xx"
NM_CONTROOLED = "yes"
BOOTPROTO = "dhcp"
ONBOOT = yes

Parâmetros:

ONBOOT =
yes - Ativar no momento da inicialização.
no - Desativar no momento da inicialização.
BOOTPROTO =
none - Nenhum protocolo de tempo de inicialização deve ser usado.
bootp - O protocolo BOOTP devem ser usados.
dhcp - O protocolo DHCP deve ser usado.

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8º Fórum Goiano de Software Livre


Olá pessoal, um pouco atrasado mas sempre na ativa. Vocês vão entender o meu sumiço a medida que eu for postando mais artigo, tutorias, etc.
Bem, aconteceu no dia 19 de Novembro o 8 Fórum Goiano de Software Livre. Mais uma vez estávamos presente representando nossa querida Distribuição Arch Linux.
Dessa vez a maioria dos interessados eram estudantes do IFG – Instituto Federal de Goiás,  algo que me deixou contente mesmo tendo que moderar alguns assuntos mais complexos em relação a distro. O motivo desse entusiasmo é a oportunidade que tive, em uma Região dominada por distribuições Debian-Like pude levar um pouco do Arch Linux para as novas sementes do mundo virtual, os novos Geeks, desenvolvedores, engenheiros, enfim, para a nova moça da Área de TI que estão chegando.

Foi bastante proveitoso, estamos acompanhando vários curiosos via Twitter, E-mail e até Facebook que estão instalando a distro após ter visto a palestra.
Sobre os Slides da palestra continuamos no mesmo sentido do ano passado já que redeu bons elogios. A novidade ficou por conta do Livro do Arch, que adicionei na palestra aproveitando mais esse canal para divulgar o Projeto desenvolvido pelo Sérgio Berlotto. Inserimos também as novas notícias e referências em relação a distro nos Slides, assim como pesquisas e a atual posição da distro no Distrowatch.

Segue abaixo, os Slides da Palestra:

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